domingo, abril 30

Som do S

SOS
Se estamos sós
S aos ésses
S em esse
S em sabão
S em estrada
S serpente
Sibilina
Do deserto
Ondulante.
O que gosto mais
É do S de Azeitão,
Biscoito
Doce
Que me aquece.

rosinha, há 10 anos atrás.

quinta-feira, abril 27

antes de pensar estavas de volta



"És a estrela da alvorada e a madrugada junto ao cais
És tudo o que eu vejo em ti, és a alegria e muito mais
És a erva perfumada, debruada a girassóis
O trago do café quente nas manhãs entre lençóis
És o encontro na estrada, és a montanha e o pôr do sol
O vinho bebido em festa, és a papoila e o rouxinol
És a minha maçã de Junho e a minha noite de Verão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão"

"Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz"


pensei que fossemos a preto e branco e encheste-me de cores.
pensei que o 25 de abril não tivesse passado por mim e afinal estava atrasado.
chorei que nem uma madalena, e finalmente a primavera chegou.
pensei e.. shall we dance?
pensei que pudesse voar para sempre, mas acabou a música. e foi aí que me apercebi de que não era o fim, era só um novo princípio.
e se todo o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas qu'inda o dia é uma criança.
fui ao quintal, e cheirou-me a jasmim.
sou a tua gaivota, pensei.


É bom saber que es parte de mim
Assim como es parte das manhas.
Melhor, melhor é poder gozar
Da paz, da paz que trazes aqui.

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei que também me vês
Aqui, aqui com essa canção


pensei, logo existes

terça-feira, abril 25

cravos de trapos

terça-feira, abril 18

vale um post

conto histórias de tempos-livres depois de provar o recomeço.
não as deixo por contar.
prometo.

segunda-feira, abril 17

frida. frida kahlo.


"pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. nunca pintei sonhos, so pintei a minha própria realidade" "abortei num abrir e fechar de olhos."
"a mim já não me resta a menor esperança.. tudo se move ao compasso do que encerra a pança." "creio que o melhor é partir, ir me e nao fugir. que tudo acabe num instante. oxala."

ferida, mas forte, perdida em quadros e biografias de uma exposição.

quarta-feira, abril 5

Bairro do Amor


"No bairro do amor a vida é um carrossel
Onde há sempre lugar para mais alguém
O bairro do amor foi feito a lápis de côr
Por gente que sofreu por não ter ninguém

No bairro do amor o tempo morre devagar
Num cachimbo a rodar de mão em mão
No bairro do amor há quem pergunte a sorrir:
Será que ainda cá estamos no fim do Verão?

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o Sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar

O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem"

meu Jorge Palma

tempo

Esta semana senti os efeitos do tempo a passar em mim e no que me rodeia.
Pena te-lo visto crescer grande e feio.