sábado, março 21

os três mosqueteiros


de vinte e seis a três-já-de-março

já há muito tempo que não tinhamos tempo para conversas sem fim.

descobrimos um concerto de naragonia e embrun em enschede, uma cidade aqui perto.
apanhámos as três - eu, a rita e a joana - o comboio e corremos para lá de saias e botas. ainda não tinha sapatinhos.
o concertos foram altamente, encontrei montes de gente com cara de gente que conhecia, dançámos imenso, e as horas foram passando até perdermos o último comboio.

missão:
quem tem cara de ter um chão confortável e seguro para três donzelas que não sabem ver horários de comboios decentemente?

o antal - que descobrimos depois que morava em nijmegen, 4 andares abaixo do nosso - e o amigo, eram dois pseudo-metaleiros que tinham descoberto os bailes no dia anterior. estávam apaixonados por aquilo, tinham vindo re-experimentar e iam dormir a casa de um amigo que lá morava.
o jasper tinha um quarto-cozinha-sala-de-estar com varanda e uma casa-de-banho em anexo. fomos buscar um colchão a casa do irmão que vive perto dele, fizeram questão de dormir mal e porcamente no chão e no sofá onde não cabiam, para dormirmos que nem princesas, numa cama de casal, com edredon de penas e almofadas altas. acordámos com ovos estrelados e café, e voltámos com o antal para casa quando o sol estava lá alto.



foi bom para matar saudades.
a joana foi-se embora no meu primeiro dia de teaching practice, e soube a pouco.

não há nada como fazer tudo com tempo.

achámos por bem, no entanto, sentar os rabos-estoirados nos bancos da estação, enquanto nao chega o comboio.
"e se agora nos apercebessemos que já era hora e tivessemos de correr imenso? pfff.. era impossível."
pois bem, não há é nada como fazer o impossível.
o comboio arrancou, apesar dos gritos, com elas as três lá dentro a caminho de casa, sem tempo para despedidas.








deixaram as bicicletas e saudades aos molhos.

amesterdão - em casa da sofia

o tempo que demoramos a encontrar a casa, montadas nas bicicletas foi suficiente para percebermos onde estávamos.
o mundo corre muito mais rápido, as bicicletas deslizam muito mais rápido, e os trams, para quem não tem travões, deixam o coração a bater muito mais rápido.
a casa era de revista e os jantares sempre a melhorar.




"vamos para o guiness!"




dicas úteis:
as noites acabam às 2 e meia, três.
para quem tem bichos carpinteiros e/ou gosta de aproveitar a noite, a solução é conhecer gente nova e fazer a festa.

fomos a um bar onde nos arranjaram um mapa porreiro e nos encaminharam os dias, conhecemos, por acaso, o Jazz café Alto das noites da maria (com o Ali junto, que nos ofereceu uma boina e um cachecole acabadinhos de ser esquecidos), vimos o "Vicky Cristina Barcelona" do Woody Allen, conhecemos o umberto e o seu amigo pedinte mas com dedinhos que tocam beatles numa casa-barco com piano, conhecemos o terry que tomou conta de nós e que descobrimos quando voltámos quem era, quando não era nosso avôzinho - http://www.youtube.com/watch?v=GSAb4QCLZnY.

passeámos muito, sempre de bicicletas, cedemos ao clichê e fomos à coffeeshop The doors, programámos horários que não cumprimos, programámos museus onde não fomos, passeámos de barco guiadas em 4 línguas.




fui buscar a joana, que chegava de Paris, e seguimos juntas de volta a casa.



estava na hora das três marias se pirarem.

a caminho - hora da sesta




a mariana não dorme.

maastricht - em casa do gero

a casa esteve por nossa conta, practicamente o tempo todo.




os supermercados, fora o albert heijn (o mais caro deles todos) da estação de comboios, estiveram fechados, portanto comemos pior, improvisámos jantares, e acertámos em cheio, para quem vinha atrás do carnaval holandês. ele estava em todo o lado.
desde velhotas nos seus 70 mascaradas de pirata, índio, dançarina de flamenco, até aos putos mascarados de ladroes, de cowboys, de bonecas, de princesas, passando por todos os outros, mais ou menos espalhafatosos, mas todos levados ao pormenor.
vacas, anjos, diabos, ginecologistas, macacos, pinguins(! pinguins! pinguins!), mais uma data de fatiotas sem nome mas completas, e nós as 5, de vestidinhos-às-flores.
o gero - irmão da rita - fugiu ao carnaval. pois ele ocupou-lhe a porta de casa com uma banca para cervejas e mais um montão de gente, com música azeiteira sempre aos berros (e que toda a gente conhece e canta, num estado de embriaguez colectiva e carnavalesca), com bandas que percorrem a cidade, com desfiles pelas praças, e com as ruas ocupadas das 8h da às 2 da matina, e limpas durante o resto da madrugada.



as ruas reenchem, e enquanto dura o sol e sítios abertos, junta-se gente e lixo, como se não houvesse amanhã. quando o sol nasce está tudo limpo, como se não tivesse havido ontem.
a rita encontrou vários objectos de extrema importância e utilidade, eu, a mariana e a inês perdemos outras, e a rita galheteiro.


notas de boas viajantes:
não há nada como conseguir tudo à pala.

de dezoito a vint-i-sete

chegaram a casa com três bicicletas compradas em segunda mão que já ficam para os que vêm.
jantámos sempre bem, fomos ao chocolate quente, o chuveiro teve uso como nunca em outra altura. iam nos levar sandochas à faculdade na nossa hora de almoço, fomos ao dollars, conhecemos o harry, encontrámos as batatas mais baratas, comprámos vinho, e decidimos ir viajar.
vimos viagens, combinámos mais ou menos vidas, fizemos as malas, pegámos nas biclas, e pusemo nos a andar.

sexta-feira, março 6

pediram-me que apresentasse o meu passado, presente e futuro.

"visto que o meu presente estamos todos a construi-lo juntos e que o meu futuro não passa de previsões, o passado é grande parte da minha apresentação.
como conta-lo nao teria metade da piada, e como o tempo não ia chegar para tudo, resolvi fazer um vídeo."



with a little help from my friends

What would you think if I sang out of tune
Would you stand up and walk out on me?
Lend me your ears and I'll sing you a song
And I'll try not to sing out of key
Oh I get by with a little help from my friends
Mm I get high with a little help from my friends
Mm going to try with a little help from my friends

What do I do when my love is away?
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day?
(Are you sad because you're on your own?)
No I get by with a little help from my friends
Mm I get high with a little help from my friends
Mm going to try with a little help from my friends

(Do you need anybody?)
I need somebody to love
(Could it be anybody?)
I want somebody to love

(Would you believe in a love at first sight?)
Yes I'm certain that it happens all the time
(What do you see when you turn out the light?)
I can't tell you, but I know it's mine
Oh I get by with a little help from my friends
Mm I get high with a little help from my friends
Oh I'm going to try with a little help from my friends

(Do you need anybody?)
I just need somebody to love
(Could it be anybody?)
I want somebody to love

Oh I get by with a little help from my friends
Mm going to try with a little help from my friends
Oh I get high with a little help from my friends
Yes I get by with a little help from my friends
With a little help from my friends

The Beatles