segunda-feira, novembro 29

lisboa

aos dois anos, ao colo da avó.
olha as mamas grandes de frente e deita-lhes a mão:
- dinossauro!

não sei que idade tem, mas nunca aprendeu a assoar-se.
assoar-se: soprar ranho pelo nariz.


estrelia que brilia, irmã do meu peito.

que tipo de animal tens na cabeça?

barcelona inesperada

"ora bem, perdi o avião. o lado mau é evidente(mente mais caro), o bom ainda está para começar."

- puente contenta!
flash
- ah, qué fea.

à nossa frente o timbuktu e o paul auster e ao lado deles um kebab a comer um turco. dois passos à minha frente ela, de óculos e mochilinha só não cai porque fica pendurada nos braços - quinze passos depois, vem decobrir que sou eu quem viu tudo.
somos três e vamos sair daqui vivas.

caminho para casa:
formigas a toda a volta e ela a ouvi-las, parece. (afinal sempre consigo abrir as portas do metro!) e os trilhos nas costas desde que acordei no dia de hoje.
ele: um robbanito de couro, a cantar com o corpo, isolado de nós - todos.
ela: trintona, não sabe como se aguenta em cima de tão pouco. anda num galope arrítmico, um olho meio fechado e outro meio aberto.
surreal:
três terrissages de papel deixadas ao meu encontro.

a varanda da maria é um café de onde vejo a vida-da-rua.