domingo, novembro 27

o fiel jardineiro


se quando saí de casa a preguiça era maior do que a vontade, agora que volto não resisto a vir aconselha-lo aos que ainda não o viram.
muito bem escolhidos, o fiel jardineiro, com o seu ar inseguro mas apaixonado e a mulher, de sorriso contagiante e terno contam nos a história.
entre um mundo que não é um nosso, e entre caras e vidas bem diferentes das nossas alguém vai cometendo um erro que não pode. como será possivel ser impossivel de acabar com ele? por que raio de mundo acordamos todos os dias?
para uma jardinagem destas vale a pena tirar o pijama, sair da frente do aquecedor e sair a rua..

sexta-feira, novembro 25

dia da lua cheia!

lua-um-ano-mais-velha, lua-um-ano-mais-minha.
parece que cá estamos desde sempre, que sempre nos vimos, que sempre tivemos histórias que se cruzam e se guiam, que sempre tomámos conta, que sempre nos mimámos.
agora que te encontro cá mais perto é altura de aproveitar todo o tempo para conversas e bolinhos. é só esperar que o sol volte, com a vontade de correr pela relva, e peço ao carteiro que me leve para onde os dias não têm fim.
beijos de um dia teu, de uma estrela-da-manhã eterna.

quinta-feira, novembro 24

19 não são 18..!


como o primeiro cachecole é eterno, hoje tirei o dia para festejar e ouvir festejar.
esperei até á hora do dia começar, e a senhora voice maila mandou um beijo. adormeci sem to conseguir dar, e acordei com a chilreada a cantar os parabéns a 7 vozes.
a família ligou (a minha e a tua), a senhora do café (a dona utília), o do "pão quente" e as da "padouro" mandaram um cartãozinho amoroso, a turma uniu-se e numa falta colectiva revolucionámos o dia, malabaristas, cuspidores de fogo e ciclistas de uma roda só fizeram a festa, a velhota do autocarro sussurou-me ao ouvido afagando-me o cabelo como só ela sabia "saudinha, é o que é preciso..!".
e o mundo festejava, e eu também.

terça-feira, novembro 22

como não-pessimista?

quem é essa gente que diz ter habilitações para dar aulas?
entra a çãozinha na aula, de livro de ponto na mão e tanto amor para dar, quando nos explica que o mínimo é o máximo. "elabore um texto argumentativo com no mínimo 100 palavras. então não podem escrever mais do que 100 palavras".
já enervada com a nossa falta de lógica e depois de tentar de todas as maneiras possíveis explicar-nos o que é evidente ("é como na auto-estrada! se o limite minimo de velocidade é de 80 km/h, então podem andar entre os 30 e os 80 km/h!"), a nossa çãozinha sorri, com o dom inato de possuir a verdade nos dentes. e olha para o que lhe foi dar.. professora de história, quando podia ser tanto, e ensinar tanto a este mundo cor-de-rosa e azul bébé as flores.

horas depois entra a nossa moreti. mudou tanto.. ela que no princípio do ano entrava para dar aula teve agora o bom senso e a honestidade de as receber. senta-se na sua secretária e enquando vai explicando o que sabe e o que não sabe, vai aprendendo umas coisinhas. já dizia não-sei-quem.. "estamos sempre a aprender". que bom termos a sorte de trabalhar com gente tão sensata e conhecedora que se digna a aprender um bocadinho do que devia ensinar, connosco. como nao me hei de sentir infinitamente lisonjeada? seria ingrato da minha parte..

"o 12º é que é dificil.. é deste ano que depende o vosso futuro. vão ter muito que estudar, e nós, professores, somos obrigados a exigir de vocês e dos vossos resultados mais do que nos anos anteriores. temos de vos preparar para os exames.."
tenho-o sentido no pelo.
dias tristes, perdidos e frustrantes. preciso de mimo..

terça-feira, novembro 1

saudades


“Bjartar vonir rætast
Er viô göngum bæinn
Brosum og hlæjum glaôir
Vinátta og preyta mætast
Holdum upp á daginn
Og fögnum tveggja ára biõ
Fjarlægur draumur fæõist
Borõom og drekkum saddir
Og borgum fyrir okkur
Meõ pri sem viõ ergum i dag
Setjumst niôur spenntir
Hlustum á sjálfa ollor slá
I takt viõ tónlistina
Pão virõist enginn hlosta
Petta er allt öõruvidi
Viõ lifõom i öõrum heimi
Par sem vorum aldrei ósýnileg
Nokkuum dögum siõar
Viô tölum saman á ny
En hljóôiõ var ekki gott
Viô vorum sammála um paõ
Sammála um flesta hluti
Viõ munum gera betur næst
Petta er ágætis byrjun”
Sigur Rós, ágætis byrjun
(sem control copy)



tenho saudades tuas. de conversarmos ate não mais poder, de poder até não mais. distância gorda, rotina á cambalhota.
é tempo de voltar?