que noite sem fim nem pressa. porra, que sorte. que sorte terem estado lá todos, a boa onda, o espaço para a conversa, o mimo em conversa, sestas, sonos, sonhos e o pessoal todo contente.
bom, com mais calma contarei o resto por dentro, mais a viagem e tudo o mais. chegámos - eu e a joana.
quem nos recebeu foi a tia saudade, uma quase-velhota bem portuguezona, despachada como tudo. deu uma mala ao filho, ajudou-me com outra, trouxe-nos até pertinho de casa (onde apareceu o gil que está com uma pica do carago que eu estou mesmo a curtir), deixou-nos lençois e talheres e mais não sei quê, recomendações aos molhos e bazou, com um ar meio preocupado de avozinha.
o meu quarto é muito lindo, muito luminoso. tem três janelas bem grandes que dão para o pátio, é espaçoso e já tem ar de casa. tirei tudo das mochilas, dei às coisas um sítio provisório e saí para comprar um edredon, uma almofada, uma lâmpada, hortelã num vaso, chá, bolachas e couves que me encham os olhos de verde e o corpo destrica.
conheci umas dinamarquesas porreiras-e-loucas, um harry actor calminho, um francês barítono e com um sotaque inglês fixe, uma alice actriz meiguinha e um italiano compositor, alucinado, com oculos de massa e cabeça mesmo noutro planeta. em minha casa ainda não-vi-ninguém, parece a casa-pacata. mas sabe-me bem: espaço em casa, reboliço quando me apetecer. bebemos umas cervessas e ainda consegui vir gamar net à recepção (onde trabalha um mark que também é muita porreiro), que por sua vez gama ao hotel aqui à frente. estou toda rota, mas estou mesmo contente. estou mesmo curiosa de ver como é que isto continua, assim calminha.
amanhã já tenho net,
volto com mais tempo, qui ça..?
até já (vos vejo!)